sexta-feira, 29 de abril de 2011

Analise ao PIB Americano

Ontem foi conhecida a 1ª estimativa do PIB Americano relativo ao 1º trimestre de 2011. A economia dos EUA cresceu 1.8% ao ano. Comparando com o trimestre homólogo anterior os dados foram mais fracos pois, no 1º trimestre de 2010, o PIB tinha sido de 3.7%.

Analisando detalhadamente, podemos observar que o consumo privado particular e as exportações melhoram mas não foram suficientes para compensar o decréscimo no investimento privado e o consumo governamental:

1- O consumo privado particular saiu reforçado aumentando 1.91 vs 1.33 pontos percentuais (p.p.). Os ganhos no sector dos serviços compensaram as perdas no sector dos produtos;
2- As exportações líquidas (exportações - importações) desceram 0.08 p.p. mas melhoraram em 0.23 p.p. relativamente ao trimestre homólogo. Esta melhoria foi basicamente à custa de menos importações;
3- O investimento privado saiu bastante mais fraco do que no 1º trimestre de 2010 (1.01 vs 3.04 p.p). Os principais responsáveis por este mau desempenho foram o investimento fixo não residencial e as existências não agrícolas em armazém;
4- O consumo governamental, principalmente ao nível central, diminui significativamente (-0.68 vs 0.15 p.p.).

A confirmarem-se estes dados poderemos estar perante um arrefecimento da maior economia do mundo, o que certamente não irá agradar a muita gente mas é resultado de sucessivas políticas erradas, quer por parte dos governos, quer por parte dos bancos centrais.

Conclusão, quando perante os gravíssimos problemas que a economia global enfrenta, a única coisa que fazemos é dar um chuto para a frente, não se pode esperar grandes resultados. Ou melhor, poder pode-se mas as desilusões são quase certas...

Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Indices reagem

Na minha penúltima mensagem (ver "S&P 500 no fio da navalha"), identifiquei o nível dos 1300$ como crítico para a continuação da festa...perdão do rally.

No passado dia 18 de Abril, o S&P 500 atingiu os 1295$ e reagiu em alta. Tecnicamente, estamos perante um Head & Shoulders (H&S) invertido na maioria dos índices Americanos (S&P 500, Nasdaq Composite e Dow Jones Industrial).

No Nasdaq Composite em particular, o padrão foi confirmado com a quebra em alta da neckline, nos 2824$. Existe a possibilidade de o índice testar essa mesma neckline nos próximos dias. Eis o gráfico (cortesia da StockCharts):


O volume é elevado no ombro esquerdo e na cabeça, como manda a lei, mas o problema deste H&S, na minha humilde opinião, é que não tem nada para inverter. Um padrão de inversão é suposto inverter uma tendência, nem que seja de curto prazo. Neste caso, deveríamos ter uma tendência de queda no curto prazo mas não temos.

O último H&S invertido mas sem nada para inverter no Nasdaq Composite apareceu no 1º trimestre de 2006 e, curiosamente, também tinha uma neckline a subir, o que indicia uma performance fraca:


Depois da quebra em alta, este viria a revelar-se uma "failure" e, de seguida, a performance foi uma queda de 15% (não totalmente visível no gráfico acima) pelo que aconselho algum cuidado a negociar este H&S invertido...

Cumprimentos,

Dax Speculator

terça-feira, 26 de abril de 2011

Juros a 2 anos perto dos 12%

E CDS a chegar aos 700 (cartoon de Rodrigo)...



Malditos especuladores... :-)

Votos de uma boa semana,

Dax Speculator

terça-feira, 19 de abril de 2011

S&P 500 no fio da navalha

O S&P 500 tem vindo a perder força a olhos vistos e está actualmente no fio da navalha pois encontra-se muito próximo da base do enorme canal que vem suportando esta tendência de subida de médio prazo, iniciada em Março de 2009. Esta base encontra-se actualmente nos 1300$. Eis o gráfico (cortesia da StockCharts.com):


Outro aspecto óbvio no gráfico é que, desde a correcção de Maio do ano passado (flash crash de 06 de Maio de 2010), o índice nunca mais consegui voltar à parte superior do seu canal.

Se o S&P 500 quebrar os 1300$ em fecho semanal, então teremos muito provavelmente uma inversão de tendência de médio prazo, de subida para lateralização ou até mesmo para descida. No longo prazo, a tendência continua a ser de descida...

Votos de uma excelente semana,

Dax Speculator

segunda-feira, 18 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

BCE a empurar Grécia para reestruturação?

O BCE tem deixado as taxas de juro das obrigações do tesouro Grego avancem para valores impensáveis (15% a 5 anos). Digo que tem deixado pois seria relativamente fácil ao BCE impedir esta escalada, comprando dívida Grega.

Mas, felizmente, o BCE já percebeu que essa estratégia não irá dar grandes resultados pois o problema fundamental manter-se-ia: a Grécia está falida e tem de reestruturar a sua dívida. Já o tinha dito há uns meses e voto a afirma-lo!

Veremos como reagirão os mercados financeiros a esta realidade dura e crua. Palpita-me que não será muito boa...

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Sentimento do Consumidor da U. Michigan

Na última vez que referi o Índice de Sentimento do Consumidor, publicado mensalmente pela Universidade de Michigan, este situava-se nos 72.5.

Hoje, às 15h55 Portuguesas, será publicado o valor referente ao mês de Abril. É esperado que o índice se situe próximo dos 66.5, ou seja, 8% abaixo do que há 1 ano atrás. E a minha observação na altura continua muito válida: apesar de se ter afastado um pouco dos mínimos de Fevereiro/Março de 2009, o índice ainda continua muito abaixo dos máximos de 2004 a 2006 e ainda mais longe dos valores registados de 1997 a 1999. Eis o gráfico do índice de Março de 1995 ao passado mês de Março (cortesia do Briefing):



Esperemos que as esquisitices da Finlândia não tenham impacto na confiança do longínquo consumidor Americano:



Actualização: o índice saiu a 69.5.

Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator

terça-feira, 12 de abril de 2011

ZEW resvala 6.5 pontos

O ZEW parece querer confirmar o seu topo de Maio 2010 e está actualmente a fazer um "lower high":



Segundo o Instituto:

Dois factores podem ter contribuído para este declínio. Por um lado, o "boom" actual não deixa muito espaço para uma melhoria da situação económica actual. Por outro lado, os especialistas estão cada vez mais conscientes dos riscos para a economia mundial resultante dos acontecimentos no Japão e no mundo árabe.

"Apesar do desenvolvimento económico positivo, riscos consideráveis ​​podem resultar de aumento dos preços das matérias primas. Esses aumentos de preços podem levar a efeitos de segunda ordem, que poderiam forçar o Banco Central Europeu a adoptar uma política monetária mais restritiva", diz o Presidente do ZEW, o Dr. Wolfgang Franz.

PPI

Na próxima 5ª feira (*) irão ser conhecidos alguns dados macro-económicos importantes, tal como o PPI (Producer Price Index).

Mas antes demais, deixem-me explicar porque considero o PPI mais importante do que o seu primo, o CPI. O CPI tem sido utilizado como referência da inflação e, por isso, alvo de uma série de operações de cosmética pois quanto menor for a inflação, menor serão os aumentos dos salários, das pensões, dos subsídios, etc... Estão a ver onde quero chegar?

O PPI não tem sido alvo destes retoques e é, por isso, mais fiável. Mesmo assim, os dados dos últimos meses podem ser revistos em alta ou em baixa. Como indicador, o PPI é atrasado pois é essa a natureza da inflação. Contudo, é o mais avançado dos indicadores de inflação e torna-se um indicador macro-económico importante quando ameaça quebrar em baixa ou em alta determinados níveis. Considero estarmos actualmente numa destas situações, pois estamos já acima dos 3%, nível a partir do qual a inflação tende a aumentar. Eis o gráfico, já com os dados esperados para o mês de Março, ou seja, mais 1%:


Finalmente, ontem ficamos a saber que a Pimco, depois de ter despachado no início do ano todas os activos do fundo em obrigações do tesouro Americano, assumiu o mês passado uma posição curta nestas. Isto é uma mensagem clara para Obama e o congresso para que deixem de brincar ao faz de conta e comecem a cortar a sério nas despesas...

(*) E não hoje, como tinha dito anteriormente.


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segunda-feira, 11 de abril de 2011

As melhores citações de Warren Buffett

Hoje decidi partilhar algumas das citações de Warren Buffett: as que considero melhores. A ordem pela qual aparecem não é particularmente relevante:

  • Risk comes from not knowing what you’re doing;
  • Price is what you pay. Value is what you get;
  • Managers thinking about accounting issues should never forget one of Abraham Lincoln’s favorite riddles: "How many legs does a dog have if you call his tail a leg?" The answer: "Four, because calling a tail a leg does not make it a leg";
  • You’re neither right nor wrong because other people agree with you. You’re right because your facts are right and your reasoning is right—and that’s the only thing that makes you right. And if your facts and reasoning are right, you don’t have to worry about anybody else;
  • I will tell you how to become rich. Close the doors. Be fearful when others are greedy. Be greedy when others are fearful;
  • There seems to be some perverse human characteristic that likes to make easy things difficult;
  • The most important quality for an investor is temperament, not intellect… You need a temperament that neither derives great pleasure from being with the crowd or against the crowd;
  • It’s only when the tide goes out that you learn who’s been swimming naked;
  • Rule No.1: Never lose money. Rule No.2: Never forget rule No.1;
  • It’s far better to buy a wonderful company at a fair price than a fair company at a wonderful price;
  • The Stock Market is designed to transfer money from the Active to the Patient;
  • If you don’t feel comfortable owning something for 10 years, then don’t own it for 10 minutes;
  • The stock market is a no-called-strike game. You don’t have to swing at everything–you can wait for your pitch. The problem when you’re a money manager is that your fans keep yelling, "Swing, you bum!";
  • Diversification is a protection against ignorance. It makes very little sense for those who know what they’re doing;
  • Never count on making a good sale. Have the purchase price be so attractive that even a mediocre sale gives good results;
  • Of one thing be certain: if a CEO is enthused about a particularly foolish acquisition, both his internal staff and his outside advisors will come up with whatever projections are needed to justify his stance. Only in fairy tales are emperors told that they are naked;
  • For some reason, people take their cues from price action rather than from values. What doesn’t work is when you start doing things that you don’t understand or because they worked last week for somebody else. The dumbest reason in the world to buy a stock is because it’s going up;
  • I never buy anything unless I can fill out on a piece of paper my reasons. I may be wrong, but I would know the answer to that. “I’m paying $32 billion today for the Coca Cola Company because…” If you can’t answer that question, you shouldn’t buy it. If you can answer that question, and you do it a few times, you’ll make a lot of money;
  • The future is never clear, and you pay a very high price in the stock market for a cheery consensus. Uncertainty is the friend of the buyer of long-term values;
  • We don’t get paid for activity, just for being right. As to how long we’ll wait, we’ll wait indefinitely;
  • We’ve long felt that the only value of stock forecasters is to make fortune tellers look good. Even now, Charlie and I continue to believe that short-term market forecasts are poison and should be kept locked up in a safe place, away from children and also from grown-ups who behave in the market like children;
  • Long ago, Sir Isaac Newton gave us three laws of motion, which were the work of genius. But Sir Isaac’s talents didn’t extend to investing: He lost a bundle in the South Sea Bubble, explaining later, ‘I can calculate the movement of the stars, but not the madness of men.’ If he had not been traumatized by this loss, Sir Isaac might well have gone on to discover the Fourth Law of Motion: For investors as a whole, returns decrease as motion increases;
  • The line separating investment and speculation, which is never bright and clear, becomes blurred still further when most market participants have recently enjoyed triumphs. Nothing sedates rationality like large doses of effortless money. After a heady experience of that kind, normally sensible people drift into behavior akin to that of Cinderella at the ball. They know that overstaying the festivities — that is, continuing to speculate in companies that have gigantic valuations relative to the cash they are likely to generate in the future — will eventually bring on pumpkins and mice. But they nevertheless hate to miss a single minute of what is one helluva party. Therefore, the giddy participants all plan to leave just seconds before midnight. There’s a problem, though: They are dancing in a room in which the clocks have no hands;
  • When a management with a reputation for brilliance tackles a business with a reputation for bad economics, it is usually the reputation of the business that remains intact;
  • I’d be a bum on the street with a tin cup if the markets were always efficient;
  • The fact that people will be full of greed, fear or folly is predictable. The sequence is not predictable;
  • When a management with a reputation for brilliance tackles a business with a reputation for bad economics, it is usually the reputation of the business that remains intact;
  • I try to buy stock in businesses that are so wonderful that an idiot can run them. Because sooner or later, one will;
  • Someone’s sitting in the shade today because someone planted a tree a long time ago;
  • CEO's are long on confidence but short on smartness;
  • Never ask a barber if you need a haircut;
  • I am a better investor because I am a businessman, and a better businessman because I am no investor;
  • Time is the friend of the wonderful business, the enemy of the mediocre;
  • When we own portions of outstanding businesses with outstanding managements, our favorite holding period is forever;
  • The best thing that happens to us is when a great company gets into temporary trouble...We want to buy them when they're on the operating table.
Votos de uma boa semana,

Dax Speculator

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Aquele inverno (Delfins)

Dado o actual momento macro-económico que o país atravessa, esta música dos Delfins pareceu-me mais do que apropriada para o fim-de-semana:



Dax Speculator

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Warren Buffett sobre um eventual fim do Euro

Warren Buffett cedeu recentemente uma entrevista à CNBC na qual fala da possibilidade de um eventual fim do Euro:

"Eu sei que algumas pessoas pensam que é impensável ... Eu não acho que é impensável"

Ainda assim, Buffett disse ainda acreditar que haverá esforços enormes para preservar o euro. Entretanto, os países periféricos com enormes dificuldades como Portugal têm de encontrar uma maneira de resolver as suas crises fiscais.

"Não pode haver 3, 4 ou 5 países parasitas a viver à custa de outros países. Isso não vai funcionar durante muito tempo - eles têm de por as suas finanças em ordem."

"As Moedas sempre foram frágeis ao longo de séculos."

Finalmente: "Não seria o fim do mundo, mas seria necessário um gigantesco ajustamento se o euro revelasse ser um problema real..."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os números do "nosso" resgate

Os números do resgate a Poirtugal são, segundo o Royal Bank of Scotland (RBS):

– 60.000 milhões de Euros para cobrir as necessidades de financiamento de Portugal fora dos mercados e sem refinanciar as obrigações que vencem até 2013 (1)

– 10.000 milhões de Euros para recapitalizar os bancos, se tal for necessário (2)

– 14.000 milhões de Euros para injectar (a fundo perdido) nas empresas estatais - vulgo lixo - até 2013 (3)

(1) Geralmente, 20.000 milhões de Euros por ano. Três anos é o período normal deste tipo de programas mas o problema continuará a persistir depois de 2013: pode ser entregue pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM) e, por isso, existe o risco real de reestruturação da dívida. Este poderá ser um dos pontos mais difíceis de negociar.

(2) Não garante as eventuais necessidades de financiamento de todos os bancos nacionais até 2013, que o RBS estima em 37.000 milhões de Euros.

(3) Estimativa do RBS. Um dos últimos actos do governo antes de pedir o resgate foi garantir todos os pagamentos necessários da Refer! Puro Risco Moral!!

Fica melhor assim ou assim?

Eis provavelmente uma das últimas mensagem do primeiro ministro demissionário ao país:

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A teoria do mais tolo

A teoria do mais tolo diz que há sempre alguém - mais idiota do que nós - que irá pagar mais caro por uma acção que já está cara.

Esta teoria poderá ser utilizada como uma estratégia de "investimento" durante a fase final de uma bolha especulativa. Mais frequentemente, a teoria do mais tolo aplica-se a acções altamente especulativas, com nomes chiques, mas com fracas rentabilidades e resultados.

Apesar de cínica, a teoria baseia-se em algumas verdades: os gestores de fundos/patrimónios que, com base nos fundamentais, ignoram esta teoria e se recusam a comprar acções altamente especulativas - como as acções de bancos japoneses na década de 1980, acções tecnológicas nos anos 1990 e, actualmente, acções ligadas às matérias primas - podem deixar de ganhar milhões aos seus clientes. Como a teoria do mais tolo prevê, durante meses, há sempre alguém mais tolo disposto a pagar mais por estes investimentos super inflacionados.

O maior problema desta teoria é o enorme risco de perda de capital: em determinado momento, apesar da teoria do mais tolo, mais ninguém vai comprar essas acções muito inflacionadas e o preço cai imediatamente a pique.

Dax Speculator

FEFSS compra dívida nacional

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) foi criado para garantir que as prestações de carácter social fossem pagas por um período de 2 anos, mesmo em situações de crise financeira como é o caso actualmente.

Mais concretamente, o FEFSS foi criado pelo Decreto-Lei n.º 259/89, de 14 de Agosto, considerando a pressão constante e crescente dos encargos da Segurança Social e as necessidades de estabilização financeira do sistema de segurança social e de instituição de uma garantia complementar de maior solidez.

Posteriormente, tendo-se registado diversas lacunas no Decreto-Lei n.º 259/89, designadamente no que se refere às competências do seu Presidente, à composição do activo e ao enquadramento da sua gestão financeira e patrimonial, foi aprovado o Decreto-Lei n.º 399/90, de 13 de Dezembro. Através do referido diploma o FEFSS passou a ser configurado como instituto público, competindo-lhe assegurar, para além da estabilização financeira do sistema, a gestão, em regime de capitalização, do património que lhe estava afecto. Manda concretamente a Portaria n.º 741/91, nos termos do n.º 1 do artigo 12 do Decreto-Lei n.º 399/90, entre outros, o seguinte: o FEFSS pode comprar um máximo de 40% em títulos de dívida pública ou outros garantidos pelo estado (*).

Posteriormente, veio a Portaria n.º 1273/2004, de 7 de Outubro, virar tudo de pernas para o ar e, em vez de um MÁXIMO de 40%, o FEFSS deveria a partir daquela data deter um MÍNIMO de 50% em títulos de dívida pública Portuguesa ou outros garantidos pelo estado Português.

Qual será o peso máximo que o FEFSS poderá ter, perguntam os caros leitores? Pelo relatório de contas de 2009, se alienar todas as posições em dívida pública estrangeira, o EFESS poderá comprar um máximo de aproximadamente 4900 milhões de Euros de dívida Portuguesa, ou seja, o equivalente a uns 4 ou 5 leilões...

(*) - Diga-se de passagem que essa garantia não oferece grande segurança hoje em dia...

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Bancos não querem mais dívida nacional

Os 3 maiores bancos privados nacionais (BCP, BES e BPI) comunicaram ao banco de Portugal que não iriam comprar mais dívida nacional nos próximos leilões (há um amanhã).

Este é um claro sinal de ruptura com este governo demissionário, cuja principal preocupação parece ser o marketing e não a gestão responsável das frágeis finanças do país.

Sendo assim, quem sobra como comprador? Assim, a primeira vista só resta o BCE que irá provavelmente aproveitar a ocasião para pressionar fortemente José Sócrates a pedir ajuda externa e deixar o faz de conta para as próximas eleições legislativas...

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Guia de sobrevivência ao FMI

Na minha mensagem anterior deixei bem claro que apesar de toda a prosa e argumentação do primeiro ministro demissionário, a vinda do FMI para Portugal é, na minha modesta opinião, uma certeza absoluta.

Resta apenas saber quando. Tenho lido e ouvido diversos prognósticos, a maioria a apontar para Junho. No entanto, prefiro não fazer esse exercício pois o quando dependerá da evolução da tesouraria do estado e das instituições que dele dependem, da eficácia das pressões de Bruxelas e da política deste ou do próximo governo. Ou seja, depende de demasiadas variáveis para poder ser previsto.

Assim, prefiro divulgar um pequeno guia de sobrevivência ao FMI:

  1. Quem estiver em condições disso, peça já a reforma pois as condições de acesso à reforma serão certamente agravadas;
  2. Para quem está empregado, caso ainda não tenha feito, faça uma poupança pois vem aí uma flexibilização da legislação de protecção do emprego e dos despedimentos colectivos;
  3. Para quem trabalhe na administração local, prepare um plano B pois deverão extinguir-se diversas administrações e entidades locais (juntas de freguesias, etc...);
  4. Para quem anda nos transportes públicos e use títulos pré-comprados,
    compre antecipadamente títulos de transportes públicos;
  5. Para as famílias, comprem diversas mercearias com muita validade (2 anos, no mínimo) e outros bens de 1ª necessidade pois o IVA deverá aumentar ainda mais;
  6. Para quem fuma, deixe de fumar ou, se insistir em dar cabo da saúde, compre o tabaco que puder pois os impostos sobre o tabaco deverão aumentar substancialmente.

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Sócrates não quer nome associado ao FMI

Penso que já deu para perceber que a prioridade do governo é descartar-se a todo custo da vinda do FMI para Portugal. Para tentar atingir esse objectivo, Sócrates não se importa de andar na pedinchice com as autoridades Brasileiras e Chinesas. Aliás, foi graças a estes 2 países que Portugal ainda conseguiu aceder aos mercados de dívida na semana passada depois de Bruxelas ter obrigado o INE a rever o défice em alta para 8.6%, bem acima da meta do governo de 7.3%.

Como a maioria dos Portugueses não são economistas, não sabem que a vinda do FMI é já inevitável. Sócrates sabe isso e aproveita para atirar mais alguma areia para os olhos - que tal como os Irlandeses, choram - do povo Português. Resta é saber se o primeiro ministro demissionário irá conseguir continuar esse jogo até às próximas eleições, no dia 5 de Junho, pois a actual situação é de total ruptura financeira. Ainda hoje, o jornal de notícias divulga que há grandes dificuldades de tesouraria no metro do Porto, cuja dívida ascende aos 2400 mil milhões de euros...

Votos de uma boa semana,

Dax Speculator

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Aurea

Aurea, Alentejana, esteve nos ídolos de 2003 mas passou completamente despercebida aos "gurus" da altura que deviam estar mais ocupados em mandar piropos para os cromos daquele ano ou então e mais provavelmente, no que diz respeito à caça ao talento, são mesmo "como bois a olhar para um palácio"...







Um bom fim-de-semana,

Dax Speculator