sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Análise técnica da Portugal Telecom

Visto que a minha última análise técnica à Portugal Telecom (PTC) data de 2011, parece-me oportuno rever o gráfico desta outrora timoneira do PSI20:

Infelizmente não há muito de positivo a dizer. A tendência é de queda desde 2010 e não aparenta querer parar pois a LT descendente, visível no gráfico acima, tem impedido a sua cotação de subir.

A nível fundamental, esta empresa sofre do mesmo problema da maioria das empresas do PSI20 e do país em geral: excesso de dívida, principalmente a de longo prazo...

Ver também:

Análise técnica da Portugal Telecom

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Quase perfeita...


...não fosse o BES!

Falta fazer cumprir

Não basta publicar leis, é preciso fazer cumprir. Mas em Portugal isso não acontece: existe uma parafernália de leis, decretos-leis e despachos e mais não sei o quê mas não se faz cumprir quase nada.

O exemplo dos carros poluentes que andam para aí a deitar fumo azul vem-me agora à cabeça. Das duas uma: ou estes não foram à inspecção ou "compraram-na"... De qualquer maneira, não adianta haver inspecções obrigatórias se não se faz cumprir quem não cumpre a não ser que o objectivo nunca fosse a segurança, a prevenção ou o ambiente mas sim as negociatas dos 30 e tal euros anuais que quem cumpre tem de pagar aos centros de Inspecção Periódica Obrigatória.

Na regulação Portuguesa passa-se o mesmo. O Banco de Portugal (BdP) já tinha proibido o Banco Espírito Santo, S.A. (BES) de aumentar a sua exposição a outras entidades do Grupo Espírito Santo mas, a julgar pelo comunicado do BdP sobre a aplicação de medida de resolução ao BES, isso caiu em "ouvidos de mercador" e lá se foram mais 1.5 mil milhões de euros pela janela fora e que os contribuintes terão de pagar:

"...
No dia 30 de julho, o Banco Espírito Santo, S.A. anunciou prejuízos que ultrapassaram largamente os valores previsíveis à luz da informação até então disponibilizada pelo Banco Espírito Santo, S.A. e pelo seu auditor externo.

Os resultados divulgados em 30 de julho refletem a prática de atos de gestão gravemente prejudiciais aos interesses do Banco Espírito Santo, S.A. e a violação de determinações do Banco de Portugal que proibiam o aumento da exposição a outras entidades do Grupo Espírito Santo. Estes factos tiveram lugar durante o mandato da anterior administração do Banco Espírito Santo, S.A.. Atos praticados num momento em que a substituição da anterior administração estava já anunciada traduziram-se num prejuízo adicional na ordem de 1,5 mil milhões de euros face ao expectável na sequência da comunicação do Banco Espírito Santo, S.A. ao mercado datada de 10 de julho.
...
"

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Solução BES

A principal diferença entre a solução encontrada para o Banco Espírito Santo (BES) e a do Banco Português de Negócios (BPN) na altura é que este fim-de-semana não se nacionalizou nada.

No caso do BPN funcionou o socialismo para os ricos accionistas e investidores e o capitalismo para os pobres contribuintes que tiveram de pagar, para já, uma factura superior a 3.5 mil milhões de euros.

Neste plano para o BES, apenas se salvaguarda a actividade de retalho do BES e das suas filiais em Portugal e no estrangeiro, protegendo assim os bons activos (depósitos, crédito em dia, etc), separando-os à cabeça dos chamados activos tóxicos. O custo inicial é superior ao do caso BPN pois atinge os 4.9 mil milhões de euros mas estes serão muito mais fáceis de recuperar pois é naturalmente mais rentável vender uma instituição bancária sem o "lixo tóxico" que o BPN detinha na altura da sua "venda" (que ainda teve um custo associado).

DS