Depois do 1º episódio (ver "Portugal Sucumbe") no início do passado mês de Janeiro, eis o 2º "round" de despejos na praça Portuguesa.
Dizem os "malvados" especuladores internacionais que a economia nacional há 10 anos que não cresce. Perguntam-se porque os custos subiram tanto e a produtividade estagnou. Eu respondo: porque na Tugalândia não existe uma cultura de mérito, de responsabilidade e brio profissional. E essa cultura não existe porque, tanto no sector público como privado, o que conta são as cunhas, os contactos e os amigalhaços...
Para além dessa cultura, existe outra: a de parecer bem e mostrar muito. Por causa dessa cultura, uma grande parte da população está entalada em créditos dos quais dificilmente sairá. Já agora, para quem ainda não teve mais olhos do que barriga, eis uma regra de Ouro na altura de comprar casa: o montante a pedir ao banco não deve ser superior a 3 vezes o ordenado anual do agregado familiar. Confesso que só soube dessa regra depois de comprar a minha casa mas acabei por cumprir essa regra mesmo desconhecendo-a. Exemplificando, se um casal ganha 35 mil Euros por ano, não deve pedir um crédito à habitação superior a 3*35 = 105 mil Euros. Outro exemplo: se for solteiro(a), divorciado(a), separado(a) ou viúvo(a) e ganhar 25 mil Euros por ano, não deve pedir um crédito à habitação superior a 3*25 = 75 mil Euros. Esta regra funciona sempre pois não depende das taxas de juro...
Eis o aspecto do início do 2º "round", respectivamente, nos mercados de obrigações e acções (cortesia da Bloomberg):
Finalmente, uma palavrinha para a CIP. É completamente absurdo começar a cortar nos direitos de quem trabalhou e, por isso, tem direito a receber subsídio de desemprego. Seria muito mais útil começar por cortar nos direitos de quem pouco trabalhou e recebe Rendimento Mínimo Garantido...
Cumprimentos,
Dax Speculator
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