Resta apenas saber quando. Tenho lido e ouvido diversos prognósticos, a maioria a apontar para Junho. No entanto, prefiro não fazer esse exercício pois o quando dependerá da evolução da tesouraria do estado e das instituições que dele dependem, da eficácia das pressões de Bruxelas e da política deste ou do próximo governo. Ou seja, depende de demasiadas variáveis para poder ser previsto.
Assim, prefiro divulgar um pequeno guia de sobrevivência ao FMI:
- Quem estiver em condições disso, peça já a reforma pois as condições de acesso à reforma serão certamente agravadas;
- Para quem está empregado, caso ainda não tenha feito, faça uma poupança pois vem aí uma flexibilização da legislação de protecção do emprego e dos despedimentos colectivos;
- Para quem trabalhe na administração local, prepare um plano B pois deverão extinguir-se diversas administrações e entidades locais (juntas de freguesias, etc...);
- Para quem anda nos transportes públicos e use títulos pré-comprados,
compre antecipadamente títulos de transportes públicos; - Para as famílias, comprem diversas mercearias com muita validade (2 anos, no mínimo) e outros bens de 1ª necessidade pois o IVA deverá aumentar ainda mais;
- Para quem fuma, deixe de fumar ou, se insistir em dar cabo da saúde, compre o tabaco que puder pois os impostos sobre o tabaco deverão aumentar substancialmente.
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