"Como já dissemos antes, o fornecimento de liquidez e os modos de colocação serão ajustados conforme o caso, tendo em conta o facto de que todas as medidas não convencionais tomadas durante o período de fortes tensões no mercado financeiro são de natureza temporária. Assim, o Conselho do BCE continuará a acompanhar todos os desenvolvimentos no período que se avizinha muito de perto."
"Os últimos dados confirmam também que os bancos continuaram a expandir seus empréstimos para a economia da zona euro, enquanto, ao mesmo tempo mantêm a dimensão global dos seus balanços praticamente inalterada. É importante que os bancos continuem a expandir a oferta de crédito ao sector privado num ambiente de procura crescente. Para enfrentar esse desafio, se necessário, é essencial para que os bancos retenham os seus ganhos, recorram ao mercado para reforçar as suas bases de capital ou tirarem proveito das medidas de apoio à recapitalização dos seus governos. Em particular, os bancos que actualmente têm acesso limitado aos mercados de financiamento precisam urgentemente de aumentar o seu capital e a sua eficiência."
Por isso, Trichet usa as armas de que dispõe e promete aumentar a principal taxa de juro do BCE e, consequentemente, a taxa de juro que é aplicada a essas operações de "liquidez". Ou seja, o responsável máximo do banco central Europeu não quer que os bancos periféricos fiquem demasiado confortáveis com esse programa sob pena de ser cada vez mais difícil de o terminar... Por isso, Trichet manda um recado bem claro:
"Não esperem muitas facilidades daqui para a frente..." :)
Finalmente, o BCE manda uns recados aos eurocratas:
"A actual crise da dívida soberana da zona do euro reforçou a necessidade de uma reforma ambiciosa do quadro de governação económica da zona euro. O Conselho do BCE é de opinião que as propostas legislativas que foram apresentadas pela Comissão Europeia melhoram de alguma forma a vigilância económica e orçamental na zona euro. No entanto, estas ficam aquém do necessário salto qualitativo para a vigilância da zona do euro que é necessária para garantir o bom funcionamento da União Económica e Monetária. Conforme descrito no parecer do BCE de 17 de Fevereiro de 2011, sobre estas propostas, exigências mais rigorosas, mais automatismos nos procedimentos e uma orientação mais clara sobre os países mais vulneráveis, com perda de competitividade são necessárias para garantir que o novo quadro será realmente eficaz no longo prazo."
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