Hoje irei procurar explicar mais detalhadamente o que é um monopólio de consumidores ou de clientes referido em "A BUFFETTOLOGIA (PARTE II)".
Um monopólio de consumidores/clientes é uma empresa que controla um determinado mercado, é líder desse mercado. É o tipo de empresa que, ou não tem concorrentes à altura, ou não tem concorrentes algum porque está protegida destes pelo estado e/ou as suas leis.
E que empresas são bons exemplos de monopólios de consumidores? A Coca-Cola é um dos maiores monopólios de consumidores do mundo. Quantos pontos de venda terá a Coca-Cola em todo o mundo? Desconfio que nem a própria Coca-Cola sabe. Pensem em todas as mercearias, os supermercados, as estações de serviço, os cinemas, os restaurantes, bares e hotéis, fábricas e escritórios que lá têm a máquina automática... De todos estes negócios, quem não a tiver à venda irá de certeza perder vendas.
A Google é outro exemplo de um monopólio de consumidores. A Google detém cerca de 80% de quota de mercado nos motores de pesquisa em todo o mundo, o que lhe proporciona uma quota semelhante na publicidade online.
A Microsoft é outro monopólio de consumidores. Quem não tem um pc em casa com o Vista ou o XP (os mais antigos). E destes, quantos não têm o Office? Milhões...
Também existem monopólios de consumidores em Portugal: os bancos também são monopólios porque, apesar de terem concorrência, toda a gente tem de lá colocar o seu dinheiro. Raras são as pessoas que ainda optam pelo antigo colchão. Por isso, esta crise financeira deve ser vista como uma oportunidade de investimento neste monopólio específico que é a banca de retalho ou tradicional (não a banca de investimento que não é um monopólio de consumidores)
E as seguradoras também são monopólios de consumidores: toda a gente que compra um carro tem de fazer o seguro obrigatório. E as empresas de segurança também serão monopólios de consumidores enquanto houver ladrões...
Existem mais 2 empresas em Portugal que seriam excelentes exemplos de monopólios de consumidores SE não estivessem sujeitas à regulamentação: a Brisa e a EDP. Na prática não o são porque o estado fixa-lhes os aumentos anuais, entre outras coisas. Se não fosse a regulamentação, quem quisesse viajar de carro e pela auto-estrada entre o Porto e Lisboa teria de pagar à Brisa o que esta entendesse justo. A EDP também poderia cobrar aos seus mais de 700 mil clientes os preços que bem entendesse se não existisse a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) em Portugal e outras noutros países.
Uma boa semana,
Dax Speculator
Sem comentários:
Enviar um comentário