sábado, 16 de abril de 2016

Para reflectir no fim-de-semana



Visto que já não faço nenhum comentário desde o passado mês de Fevereiro, pareceu-me oportuno uma actualização técnica dos mercados bolsistas.

Olhando para o gráfico logarítmico mensal do Nasdaq 100 acima, podemos observar o seguinte:

  1. A Linha de Tendência mantém-se intacta;
  2. O índice mantém-se dentro do canal mas, nos últimos 3 meses, não tem conseguido voltar à metade superior do canal, o que costuma ser mau presságio;
  3. Divergência bearish no MACD;
  4. Divergência bearish no Momentum

Votos de um bom  fim-de-semana,

DS

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Actualização técnica

O Nasdaq 100 encontra-se a negociar num canal descendente desde finais de Dezembro. Conseguiu recentemente alcançar o topo desse canal mas, como é visível no gráfico (dos futuros) abaixo, ainda não o quebrou em alta.

No entanto conseguiu quebrar em alta uma primeira resistência: a linha de tendência que vinha delimitando os preços desde o início de Fevereiro:


Penso que o índice tecnológico Americano não irá conseguir quebrar o canal sem antes revisitar/re-testar a linha de tendência acima mencionada.

DS

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Prognóstico pós FED

Hoje é um grande dia para os mercados pois passados mais de 11 anos, a reserva federal Americana (FED) vai aumentar a sua taxa de juro de referência em 25 pontos base.

A última vez que a FED iniciou um ciclo de aumentos de taxas foi em Junho de 2004. Nessa altura, depois de um ciclo de descidas entre Janeiro de 2000 e Junho de 2003 e após um ano sem alterações, o banco central aumentaria a taxa em 25 pontos base. Ou seja, a FED esteve mais de 4 anos sem subir a taxa. A reacção dos mercados foi de quedas generalizadas como se pode ver no gráfico do Nasdaq 100 que caiu aproximadamente 15% em pouco mais de um mês:

Nasdaq 100 (Junho a meados Agosto 2004)
​Na minha opinião, desta vez a reacção será bem pior. Espero uma correcção inicial generalizada dos índices accionistas superior a 20% pois:
  1. O tempo sem subidas é significativamente superior agora - 11 anos - em vez dos 4 anos em 2004;
  2. O ponto de partida é de uma taxa mais baixa, ou seja, houve certamente ainda mais complacência por parte dos intervenientes nos mercados.
Ver também:

https://www.newyorkfed.org/markets/statistics/dlyrates/fedrate.html

Faites vos jeux,

DS

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O que dizem os líderes?

Desde há muito tempo que o meu pai me ensinou o seguinte provérbio: "diz-me com quem tu andas que eu digo-te quem tu és!"

Desde essa altura que procurei sempre andar com boas companhias e afastar-me daquelas pessoas mais problemáticas. Claro que fiz a minha dose de asneiras na adolescência mas sempre dentro dos limites daquilo que eu considerava aceitável (se bem que hoje os meus limites são menos abrangentes :))...

Na bolsa aplica-se o mesmo princípio: devemos andar com os líderes, ou seja, acompanhados daqueles que sabem o que estão a fazer, que sabem porque subir e porque descer...

Dito isso, quero partilhar o seguinte gráfico do S&P 500, Transportation Index e do ETF HYG (iShares iBoxx $ High Yield Corporate Bond) no qual facilmente poderão identificar quais os líderes...:


DS

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Quem tem mais responsabilidades na dimensão da dívida pública?

A troca de galhardetes entre os socialistas e os 2 partidos de direita sobre quem tem mais responsabilidades na dimensão da dívida pública é antiga e não dá sinais de querer desaparecer. No entanto, as contas são fáceis de fazer pelo que os políticos são enganarão quem não ler o seguinte artigo.

As contas da 1ª legislatura do actual governo de direita ainda não podem ser feitas com carácter definitivo visto ainda não haver dados relativamente a 2015. No entanto, considerando que o aumento da dívida em percentagem do PIB tem vindo a diminuir progressivamente (13.3% em 2012 + 2.2% em 2013 + 0.9% em 2014) e que, dada a evolução do 1º trimetre em que a dívida caiu, facilmente poderei estimar que o crescimento da dívida em 2015 não excederá o aumento verificado em 2014. Por isso, estimo que, na 1ª legislatura, o actual governo terá aumentado a dívida em percentagem do PIB em 17.9% de 111.4% em 2011 para 131.4% em 2015, muito influenciado pelo 1º ano da assistência financeira da troika.

Já as contas do anterior governo socialista já podem ser feitas com carácter definitivo visto que os dados entre 2005 e 2011 já são definitivos. Na 1ª legislatura, o anterior governo terá aumentado a dívida em percentagem do PIB em 34.8%, de 62% em 2004 para 83.6% em 2009. Na 2ª legislatura, o anterior governo terá aumentado a dívida em percentagem do PIB em 33.3%, de 83.6% em 2009 para 111.4% em 2011. Ou seja, cumulativamente durante as 2 legislaturas consecutivas socialistas, a dívida das administrações públicas em percentagem do PIB aumentou 80%, de 62% em 2004 para 111,4% em 2011. Eis o gráfico desse brutal aumento:



Finalmente, as contas cumulativas das 2 legislaturas consecutivas do actual governo serão feitas a seu tempo mas, a não ser que apareçam mais 3 ou 4 BES, tudo indica que o aumento da dívida em percentagem do PIB será muito inferior aos 80% dos socialistas...

Links:
Administração Pública: Dívida bruta em percentagem do PIB
Dívida pública: vai-se pagando ou é bomba relógio?

DS

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Indicador macro avançado em modo crise

Na sequência do meu post anterior, a tão "importante" decisão da FED que será comunicada logo ás 19h00 pouco ou nada fará para travar um mais que provável arrefecimento macro-económico global.

Como uma imagem vale mais do que mil palavras, eis o gráfico de um dos indicadores avançados (*) mais certeiros no que diz respeito a crises e recessões pois, como é visível no gráfico, antecipou nada mais nada menos do que todas as últimas 5 crises:



(*) - Este indicador não tem ajustes de sazonalidade mas também não precisa de ter pois é analisada a sua evolução percentual relativamente ao período homólogo, ou seja, comparativamente a um período com a mesma sazonalidade.

DS