quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A origem da crise?

José Maria Carrilho esteve ontem na TVI24 e afirmou que (passo a citar):

"Na origem da crise que estamos a viver está o projecto que Cavaco Silva lançou no país nos anos 80. Era um modelo que apostava na política do betão, que apostava nas qualificações mínimas, que apostava na mão-de-obra barata, que apostava no turismo de massas. Todo um conjunto, todo um modelo, de que nós hoje estamos a pagar a factura."

O Presidente da República não precisa que o defendam mas vou tomar a liberdade de responder a esta afirmação vinda de uma pessoa que é certamente um leigo em questões económicas e que, depois de ter sido afastado pelo PS de Sócrates, apenas procura um lugar na cena política:

O Dr. Cavaco Silva apostou no betão porque, na altura, o país precisava e a UE comparticipava a totalidade ou uma boa parte. Como 1º ministro fez, entre outras, as seguintes obras que se encontram na sua maioria pagas:

  • Centro Cultural de Belém;
  • Expo 98;
  • Gare do Oriente;
  • Ponte Vasco da Gama;
  • Comboio na Ponte 25 de Abril;
  • A1 (Porto-Lisboa demorava 8h quando chegou ao governo, actualmente demora 3h);
  • Vias rápidas no interior: IP2,IP3,IP4;IP5, IC1 e IC2;
  • A3 e A4;
  • Cril;
  • Crel

Já os políticos do PS que vieram depois dele fizeram as seguintes obras, a grande maioria com recurso a empréstimos externos e/ou a PPP (Parcerias Público-Privadas) que nos levaram à actual situação financeira.

Eis as "obras" de José Sócrates:

  • Programa de Modernização das escolas secundárias através da empresa pública Parque Escolar (PE), cujo endividamento se cifra actualmente na ordem dos 946 milhões de Euros
  • Computador Magalhães. A dívida da Fundação para as Comunicações Móveis, usada para contratualizar a distribuição dos computadores Magalhães com a empresa JP Sá Couto, é de 65 milhões de Euros.
  • Programa Novas Oportunidades, E-Escolas/E-Escolinha.

E as de António Guterres:

  • PSDCUT (Primeiro Sem, Depois Com Custos Para o Utilizador) A28, praticamente paralela à A3, pois não se distancia mais do que 20 Km desta;
  • PSDCUT (Primeiro Sem, Depois Com Custos Para o Utilizador) A29, completamente paralela à A1 até Aveiro Sul;
  • PSDCUT (Primeiro Sem, Depois Com Custos Para o Utilizador) A17 e A8, praticamente paralela à A1, pois não se distancia mais do que 20 Km desta;
  • Pseudo TGV que, apesar de ainda não ter percorrido nenhum quilómetro, já custou 300 milhões de Euros aos cofres do estado. 
Cumprimentos,

DS

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